Balanço do Mundial

Festim de golos!

Desde que o torneio é disputado por 32 equipas, este Mundial foi, a par do de 1998, o que teve mais golos: 171. A título de comparação, a edição 2010 registou apenas 145. Este registo impressionante deve-se sobretudo à fase de grupos, onde a média de golos por jogo foi de 3,02. Depois, na fase a eliminar, as partidas foram mais fechadas. Exceptuando a goleada da Alemanha ao Brasil (7-1), vários encontros foram decididos apenas no prolongamento ou até no desempate por grandes penalidades. O que fez com que a média baixasse para 1,78.

As desilusões são legiões

É inevitável que em cada Mundial haja equipas a sair pela porta dos fundos. Esta 20.ª edição da prova não fugiu à regra. O primeiro gigante a cair foi a Espanha, campeã mundial e europeia em título, derrotada por Holanda (5-1) e Chile (2-0). O triunfo sobre a Austrália, por 3-0, não foi suficiente para que a Roja seguisse para os oitavos-de-final. O grupo D, considerado o grupo da morte, também teve surpresas, talvez até a maior de todas. A Costa Rica acabou no primeiro posto, à frente da Itália e da Inglaterra, que foram para casa mais cedo. E que dizer de Portugal? Num grupo acessível, a equipa de Ronaldo desiludiu. Apenas uma vitória, sobre o Gana, não bastou para que os lusos alcançassem o seu objectivo mínimo.

A Argélia devolveu o sorriso a África

Com cinco selecções apuradas, África tinha expectativas para este Mundial, mas nada se passou como se previa. Gana, envolto em problemas de prémios de jogo e de indisciplina, Camarões, três derrotas em três jogos e apenas um golo marcado, e Costa do Marfim foram decepções. A Nigéria chegou aos oitavos-de-final, sendo afastada pela França, mas também se viu envolvida em contratempos relacionados com dinheiro e desorganização. Assim, foi a formidável equipa da Argélia a salvar a face do continente. As Raposas apuraram-se pela primeira vez na sua história para os oitavos-de-final, onde só caíram no prolongamento perante a futura campeã do mundo Alemanha.

O Mundial das boas surpresas

A Colômbia não foi apenas uma surpresa, foi também uma confirmação. Liderada por James Rodríguez cativante (melhor marcador da prova, com seis golos), a selecção de Jose Pekerman conquistou o público. Os Cafeteros venceram o seu grupo e só caíram nos quartos-de-final diante do anfitrião Brasil (2-1). Menção especial também para a Holanda, que ganhou o seu grupo e atingiu as meias-finais, onde perdeu nos penáltis contra a Argentina. O terceiro posto, conquistado frente ao Brasil, com um claro 3-0, foi um prémio de consolação para a Laranja Mecânica. Finalmente, a Alemanha impôs-se como a selecção mais consistente e conquistou com mérito esta 20.ª edição do certame. E ainda consegui que Klose inscrevesse o seu nome como melhor marcador da história da prova, com 16 golos. Até 2018…

Aliás, pode desde já fazer as suas apostas para o Mundial 2018 com as melhores quotas!