Masters de Roma: o fim de uma era
por Armando | por Armando

Masters 1000 de Roma: a desistência de Novak Djokovic levanta questões
Na terça-feira passada, Novak Djokovic anunciou que não participará neste torneio Masters 1000 de Roma, prova que arranca quarta-feira no Foro Italico. O sérvio esteve em Monte-Carlo e em Madrid, certames nos quais não se exibiu definitivamente ao seu melhor nível, perdendo os primeiros encontros perante adversários que poderia ter vencido sem sobressaltos numa outra altura (Alejandro Tabilo e Matteo Arnaldi).
Estas contrariedades parecem ter afetado a moral de Nole, que decidiu não participar na competição da capital italiana, apesar de ter ganho este torneio em 4 ocasiões. Será a última temporada do melhor jogador de todos os tempos? Após a derrota em Madrid, o sexto colocado do ranking mundial levantou dúvidas relativamente ao futuro da sua carreira, sugerindo que poderia estar a fazer a sua última aparição na capital espanhola.
A sua retirada de Roma veio alimentar os rumores... Estará a carreira do sérvio a chegar ao fim nos próximos meses? No entanto, os courts de terra batida também não abonam a favor das boas prestações do tenista dos Balcãs, que prefere atuar numa superfície rápida. E depois de ter conquistado a medalha olímpica no ano passado, o último grande título que faltava na sua imensa lista de honras, Novak Djokovic pode simplesmente ter colocado um ponto final nesta superfície.
Pela primeira vez em 26 anos, não há nenhum membro do Big three em Roma
A ausência de Novak Djokovic deste Masters 1000 de Roma de 2025 marca também o fim de uma era de ouro que durou mais de duas décadas. Com a desistência do sérvio, a edição de 2025 será a primeira desde 1999 a não contar com a participação de um membro do Big Three (Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic). É o fim de uma era que deixará totalmente aberta a porta para a nova geração tomar conta do ténis masculino.
Será que Novak Djokovic vai perder Roland Garros?
Com a confirmação da sua desistência do Masters 1000 de Roma, será que Novak Djokovic voltará a ser notícia pela negativa em Roland Garros, torneio que começa a 25 de maio em Paris?
Aos 37 anos, o sérvio já não hesita em fazer as suas escolhas. Na sua última presença na capital francesa, conquistou o título olímpico em agosto de 2024. Neste contexto, o natural de Belgrado deixou uma imagem positiva ao ganhar a famosa medalha de ouro que não tinha no currículo. E o torneio de Wimbledon, que se realizará no início de julho, é um evento que o sérvio não deve querer perder em qualquer circunstância.
Vencedor da competição mais antiga do mundo em 7 ocasiões, Novak Djokovic poderá, se o conseguir em 2025, igualar a lenda Roger Federer, que venceu 8 vezes em Londres. Um objetivo que promete ser o derradeiro desafio da carreira do sérvio, que hipoteticamente decidirá faltar também a Roland Garros para estar nas condições físicas mais adequadas.