Prognóstico Portugal - Espanha (Liga Das Nações)

Com uma geração recheada de talento individual de há alguns anos a esta parte, a seleção nacional de Portugal almeja vencer uma grande competição internacional e esta final da Liga das Nações, a um ano do Mundial 2026, pode vir a ser um belo ensaio. Nas últimas seis partidas, porém, a formação liderada por Roberto Martinez contabiliza apenas três vitórias, duas das quais no último par de aparições, onde Portugal marcou um total de sete golos em pouco mais de 210 minutos competitivos.

Após dominar tranquilamente no Grupo 1 da Liga A da Liga das Nações, onde terminou com 14 pontos em seis partidas – com quatro vitórias, dois empates, 13 golos marcados e cinco golos sofridos –, Portugal realizou uma exibição bastante cinzenta na visita à Dinamarca, em março passado, no jogo da primeira mão dos quartos-de-final, onde perdeu por 0-1. Na reação em casa, no Estádio de Alvalade, a equipa teve novamente períodos em que parecia ter adormecido, mas foi bastante melhor, o que resultou em vitória, por 3-2, que forçou prolongamento. No tempo extra, Portugal marcou mais dois golos e ganhou, por 5-2.

Na última quarta-feira, mais de dois meses depois, a equipa de Roberto Martínez deu excelente réplica em Munique, perante a anfitriã Alemanha e ganhou, por duas bolas a uma, nas meias-finais da Liga das Nações. Ao golo sofrido logo no início da segunda parte, aos 48 minutos, da autoria de Florian Wirtz, a formação lusa reagiu com três substituições que mudaram o rumo dos acontecimentos. Vitinha veio dar outro andamento ao meio-campo e Francisco Conceição agitou as águas sob a ala direita do ataque - Nélson Semedo entrou para a lateral direita -, marcando o golo do empate, aos 63 minutos, cinco antes da reviravolta consumada com o golo do suspeito do costume, Cristiano Ronaldo, a concluir bom lance de entendimento entre Bruno Fernandes e Nuno Mendes, sob a zona interior esquerda do ataque português. Se impressiona o facto de Portugal ter perdido em apenas dois dos últimos 15 jogos nos 90 minutos, o que dizer da sequência de 19 jogos invicta por parte de Espanha?
Do lado espanhol, o momento de forma é verdadeiramente impressionante. É preciso recuar até ao dia 22 de março do ano passado para encontrar a última derrota da Espanha, num jogo de preparação realizado em sede própria diante da Colômbia. Desde então, nuestros hermanos deliciaram o mundo com o futebol praticado há um ano, que os levou à conquista do Euro 2024 e procuram a segunda conquista consecutiva na Liga das Nações, depois da vitória na final da última edição.

Nos últimos oito embates, a Seleção Espanhola tem um registo incrível de sete vitórias e apenas um empate. O percurso na fase de grupos da Liga das Nações foi altamente positivo, ao fechar no topo da tabela classificativa do Grupo 4 da Liga A, com 16 pontos – cinco vitórias e um empate, 13 golos marcados e quatro sofridos em seis jornadas. Na eliminatória dos quartos-de-final, o conjunto liderado por Luis de La Fuente começou por empatar nos Países Baixos, a dois igual, antes de tornar a contribuir para a igualdade, em casa, a três bolas, na segunda mão. Nos tiros da marca dos 11 metros, os espanhóis foram melhores.

Na passada quinta-feira, La Roja voltou à competição deixando laivos de excelente dinâmica ofensiva. Depois de sofrer alguns sustos perto da sua baliza, a Espanha marcou por duas vezes em apenas três minutos, por Nico Williams (23') e Mikel Merino (25'), ficando em posição muito vantajosa na luta pelo acesso à final. No segundo tempo, Yamal marcou aos 54’ de penalty, com Pedri a concluir uma bela jogada no minuto seguinte. Ao golo de honra da França, sofrido de grande penalidade, a Espanha reagiu com novo golo do prodígio Lamine Yamal. Entre o minuto 79 e o apito final, a turma de de la Fuente não se livrou de um forte susto, ao permitir três golos aos franceses e assistir a uma forte ameaça da França… que não passou disso mesmo.